Um grande momento de negócio da 42ª Expomontes é os leilões. Animais de qualidade são apreciados e comercializados no evento, espaço prestigiado por vendedores e compradores. Num ambiente consolidado com objetivo de alcançar um saldo positivo e sempre crescente a cada edição da Exposição. Com isso não fica só na meta, mas na realidade. Na dinâmica rápida, o locutor anunciando novos valores, pronto para bater o martelo e garotas afiadas em busca de novos lances as vendas acontecem e batem recordes.
O ato de leiloar produtos é algo comum desde a antiguidade. Com o passar dos anos, os leilões se modificaram e modalidades surgiram, porém a fórmula é a mesma: a procura define os preços num jogo em que ninguém quer sair sem o bom produto. Do outro lado, um bom preço alcançado pelo vendedor.
“Quem trabalha e vê resultados não quer que o ano seguinte fique menor que o anterior. O meu ponto de partida é sempre de onde parei”, afirma Avelino Murta, diretor de leilões da Sociedade Rural.
Na programação da 42ª Expomontes, 10 leiloes estão programados entre os 10 dias de festa. A expectativa deste ano é superar 9 mil animais comercializados. No ano passado, a meta foi pouco menos que esse numero, bem significativo diante da crise hídrica que afeta a nossa região, que segundo, o diretor de leilões, a estiagem continua dificultando o trabalho do produtor rural com a redução de alimento necessário para manter o escore corporal dos animais, essencial para a reprodução, produção de carne e de leite, objetivo econômico da atividade.
Os leilões são uma amostra do desenvolvimento da região na criação de animais.
“Apesar de todas as dificuldades encontradas, novas técnicas são adotadas no manejo e produção de forragens, possibilitando apresentar animais capazes de fazer desses leiloes um grande sucesso da Expomontes. A cada ano a qualidade do rebanho apresentando fica melhor. Esperamos um valor que corresponda à qualidade do melhoramento genético do rebanho”, destaca Avelino.
No passado, uma das conseqüências de um período de estiagem longo era a perda [morte] acentuada do rebanho por falta de uma estrutura de transporte. Hoje podemos dispor de mecanismos que possibilitam o deslocamento do rebanho para outras regiões do País, viabilizando capital para o produtor rural, diminuindo o prejuízo financeiro.
O empresário Ailton Santos, da Confboi, acredita que a qualidade do rebanho que vem para exposição faz a diferença nos resultados.
“Quem traz seus animais para a Expomontes se prepara para isso. Todos os anos a qualidade genética mostra avanços e isso reflete no trabalho do leilão”.
Ele conta que produtores o procuram depois de se preparar bem.
“Tem casos de produtores que já tinham visitado o leilão e viram a exigência do mercado em Montes Claros e se preparou pra voltar com um produto à altura no ano seguinte. Quem oferece seu rebanho aqui precisa estar ciente da responsabilidade que a Expomontes tem na divulgação do trabalho deles”, afirma Ailton.
Outro envolvido nestes leilões é o empresário Osvaldo Miranda Júnior. Ele afirma que não se pode deixar de fazer bons negócios e perder a oportunidade que a Feira traz. A expectativa dele é positiva “nos sentimos honrados de participar da Expomontes 2016, somos promotores do Leilão de Touros Nelore dos Criadores do Norte de Minas, que está em sua 10ª edição. Aguardamos realizar bons negócios”.
Miranda oferece 40 reprodutores e 10 fêmeas Nelore PO de elite mais quatro lotes de bezerros e bezerras de corte e entrega os animais em até 200 quilômetros. Animais com genética superior podem ser adquiridos em 24 vezes. Para ele, é um orgulho estar envolvido com os leilões da exposição. “Parabenizamos a diretoria da Sociedade Rural e todos colaboradores desta, que com brilhantismo não medem esforços para levarem adiante todo o trabalho árduo do homem do campo.
Foto: Solon Queiroz