“A fase não entende de política” será um evento para unir ritmos brasileiros a uma vertente político-social contestatória
No dia 17 de julho, as bandas belo-horizontinas A Fase Rosa e Djalma não entende de política se apresentarão juntas pela segunda vez. O encontro, intitulado como “A Fase não entende de política”, acontecerá na casa de shows A Autêntica, na Savassi, às 22h da sexta-feira. Além do destaque na cena autoral da música independente em Minas Gerais, as bandas também se assemelham por unirem musicalidade a clamores políticos, com canções como “A Praia” e “Tarifa Zero”. Com uma espécie de aura rosa e um espírito leve, o encontro pode provar que a Fase e o Djalma entendem, sim, de política.A união dos ritmos regionais e cosmopolitas d’A Fase e o Hard Samba Progressivo Pós- Wagneriano do Djalma promete ainda algumas surpresas. A Fase traz a volta do baterista Fernando “Feijão” Monteiro, d’A Fase Rosa, após uma temporada de estudos na universidade nova-iorquina The New School for Jazz and Contemporary Music. A banda Djalma não entende de política, além de apresentar as músicas de seu primeiro EP, o “EP da DP”, promete o lançamento de outras duas faixas e “meia”.
Para Feijão, o tempo passado nos Estados Unidos só acentuou o seu “orgulho de ser brasileiro”, ao ver quanto respeito e interesse os acadêmicos com quem estudou manifestaram pela música brasileira. “Isso se transformou numa vontade grande de me conectar mais com a cultura popular do Brasil, entender e estudar mais as infinitas manifestações musicais e culturais daqui”, aponta Fernando. Esse objetivo casa perfeitamente bem com a proposta da banda, que flerta com as tradições musicais do país, abraçando um mix de ritmos e influências regionais nas canções.
Samba, marchas, carimbó e axé, sob a ironia do experimento tropicalista e a ousadia do manguebeat. A Fase Rosa apresenta no show um repertório com músicas de seus 2 álbuns, Homens Lentos (2012) e Leveza, lançado no final de 2014. Fernando Monteiro (bateria), Rafael Azevedo (guitarra e voz), Rodrigo Magalhães (baixo e voz) e Thales Silva (guitarra e voz) temperam tudo com intensidade sonora e delicadeza no tratamento de questões românticas, sociais e políticas.
Quem for prestigiar o Djalma terá a sorte de ouvir, pela primeira vez, as músicas “O que é que tem?”, um axé-merengue, e “Sai pra lá capeta”, que é uma cumbia, como define Carlos Bolívia, guitarrista da banda. Já a “meia música” nova tem o nome de “Sem carnaval”, uma composição antiga da banda que ficou sem aparecer por um tempo e que, agora, foi retomada com um arranjo completamente diferente.
Desde o lançamento do “EP da DP”, a banda vem lançando novas músicas. “Por enquanto, estamos num momento de livre criação e, ao longo do ano, várias outras canções surgirão. O que devemos lançar neste ano mesmo é um video-clipe (a música é surpresa). No ano que vem, sem falta, sai um álbum”, conta Bolívia. A banda, formada por Carol Abreu (percussão), Carlos Bolívia (guitarra), Marcus Alberto (bateria), André Albernaz (teclado), Drica Mitre (vocal) e Terêncio de Oliveira (baixo), é também resultado de uma mistura de influências, apresentando samba, axé, drum’n’bass, xote, rock e marchinha nos shows.
A Autêntica
A casa de shows A Autêntica vem conquistando espaço em Belo Horizonte com sua proposta de apoiar projetos autorais. Aberta recentemente, a casa conta com um ótimo espaço e destaca-se pela acústica de qualidade, beneficiando artistas e públicos que se interessam por boa música.
SERVIÇO:
A fase não entende de política – A Fase Rosa + Djalma não entende de política
Data: 17/07/2015
Horário: 22h
Ingressos pelo Sympla: R$ 20
Venda na porta: R$ 25
Local: A Autêntica. Rua Alagoas, 1172, Savassi, Belo Horizonte.
Informações: https://www.facebook.com/events/1864637603762315/