O Baianas Ozadas, bloco do coração de BH, que traz a baianidade para agitar a folia da capital mineira, desfilará na segunda-feira de Carnaval, 24 de fevereiro, com o tema “Realce – quanto mais ozadia melhor”, uma homenagem ao cantor e compositor Gilberto Gil. A concentração acontece a partir das 9h, na Avenida Afonso Pena, próximo à Igreja São José.
A folia começa com a ala infantil, “Os Baianinhas”, versão infantil do bloco com fantasias, músicas, atrações especiais, e até uma bateria formada pelos pequenos, sob a coordenação de Geovanne Sassá. Em seguida, ocorre um dos momentos mais marcantes do desfile do bloco, quando é feita a tradicional lavagem da escadaria da Igreja São José, em alusão ao ato realizado na igreja de Senhor do Bonfim, em Salvador. “Considero um dos momentos mais bonitos do desfile do Baianas e chego a ficar emocionado. E neste ano, que, com o nosso tema, estamos levantando a bandeira contra qualquer tipo de intolerância, discriminação e desrespeito, a lavagem tem um significado ainda mais especial, ainda mais por ter a anuência dos 13 padres da paróquia de São José”, comentou o idealizador do bloco, Geo Cardoso.
Após a icônica lavagem, o Baianas Ozadas saí em cortejo com sucessos do axé retrô e, claro, canções de Gilberto Gil, arrastando milhares de foliões até Praça Sete. O cortejo desce a Avenida Amazonas até o entroncamento com a Rua Tupinambás, onde segue até a Avenida dos Andradas sentido Praça da Estação, local em que ocorre a dispersão.
“Decidimos fazer uma alusão à música e ao álbum Realce, do homenageado deste ano, o cantor baiano Gilberto Gil. Escolhemos Gil pelo conjunto da obra e por ser mais um baiano carnavalesco nato. Além disso, por sua história, já que ele é um dos criadores do movimento da Tropicália e ainda ex-ministro da cultura. Gilberto Gil é um artista revolucionário que em mais de 50 anos de carreira, se posiciona entre o poético e o político, ocupando um lugar singular para a cultura brasileira”, disse Geo Cardoso.
“Neste ano o Baianas Ozadas vai passear pela obra e trajetória de Gil, posicionando o bloco em meio ao carnaval de Belo Horizonte, difundindo a alegria aliada ao respeito as diferenças e pertencente a todas as cores e tribos. Respeito ao direito de todos participarem da festa, fortalecendo o combate às discriminações e preconceitos, sejam elas de orientação social, racial ou sexual”, completou.
A identidade visual que o bloco colocará na avenida Afonso Pena neste ano foi criada pelos artistas Yuri Leite (vulgo DJ Yuga) e Pedro Varella.
Com a bandeira da inclusão e contra qualquer tipo de discriminação, o Baianas Ozadas coloca na avenida a sua ala inclusiva, que está aberta para cadeirantes curtirem a folia e vivenciarem a experiência de estar em um dos maiores blocos de Carnaval de Belo Horizonte. Para participar, basta entrar em contato pelas redes sociais do bloco. A produção retornará com as instruções para participação na ala. É necessário trajar roupas brancas ou o abadá do bloco. Cada pessoa com deficiência tem direito de levar um acompanhante dentro da corda.
No carnaval de 2017, o bloco Baianas Ozadas lançou a ala infantil Os Baianinhas, com cerca de 30 crianças, com idade de cinco a doze anos. Eles se apresentaram no início do desfile. No Carnaval de 2018, o arte-educador Geovanne Sassá assumiu a ala infantil e criou a banda para se apresentar em eventos infantis, parques, shoppings e escolas. Com a mesma alegria com que contagia adultos, a banda Os Baianinhas encanta os pequenos, em momentos inesquecíveis, trazendo nos figurinos as cores azul, rosa e amarelo, de forma lúdica e divertida.
Para comandar a trupe, Os Baianinhas conta com a experiência de um velho conhecido da criançada, o músico Geovanne Sassá. Integrante do renomado grupo Tambolelê, com o qual já se apresentou em países da Europa e Ásia, Sassá já trabalha a musicalização com crianças há mais de 15 anos, sempre exaltando o lúdico. No repertório, músicas com temática infantil de autores baianos, como Gilberto Gil e Moraes Moreira, algumas do repertório do Baianas adaptadas e canções de Sassá, tudo com arranjos mais delicados para atingir o público infantil. A outra parte do show fica por conta da dinâmica pedagógica de musicalização abusando da criatividade para construção de instrumentos com materiais recicláveis, abordando também práticas de consciência de preservação ambiental.
O Baianas Ozadas foi criado em 2012 pelo baiano radicado em BH, Geo Cardoso, que convidou um grupo de amigos para sair como uma ala no carnaval da capital. Desde o primeiro ano, todos – homens e mulheres – se vestem com saias, turbantes e colares de baianas em reverência às tradicionais baianas, de forma bem-humorada e compondo um visual peculiar.
No ano seguinte, a ala deu origem ao bloco. E desde então, ele cresceu vertiginosamente ano a ano, se tornando o maior do carnaval de Belo Horizonte. Em 2017, o público ultrapassou o número de 500 mil pessoas. Em 2018, o Baianas Ozadas preparou um repertório com clássicos eternos do Carnaval, ritmos baianos e sucessos de Carlinhos Brown. E em 2019 o Olodum foi o grande homenageado com a presença de centenas de milhares de pessoas.
Baianas Ozadas nas redes sociais
Facebook: www.facebook.com/baianasozadas
Instagram: @baianasozadas
Serviço:
Baianas Ozadas no Carnaval 2020
Tema: “Realce – quanto mais ozadia melhor”, uma homenagem ao cantor e compositor Gilberto Gil
Data do desfile: 24 de fevereiro – segunda-feira de Carnaval
Horário e local da concentração: 9h, na Avenida Afonso Pena, próximo à igreja São José.