Carnaval: Cuidado com a saúde auditiva

Especialista dá orientações para não prejudicar a audição nos dias de folia 

Carnaval é sinônimo de alegria, festa e curtição. Mas também é o momento de cuidar da saúde auditiva. Os tradicionais blocos, trios elétricos e desfiles de escolas sempre contam com bastante gente ao redor, o que significa um alto nível de barulho. A exposição a ruídos muito altos por longos períodos pode acarretar em danos irreversíveis aos ouvidos.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que o  nível máximo de exposição para o ouvido humano seja de até 85 decibéis. A bateria de uma escola de samba pode produzir até 110 dB, o que piora quando em locais fechados como durante os ensaios em suas quadras.

Tatiana Guedes, fonoaudióloga, sócia e diretora clínica da Sonoritá Aparelhos Auditivos, explica que após exposição a sons intensos é comum sentir um zumbido no ouvido. “Isso é consequência de uma fadiga auditiva ou mudança transitória do limiar auditivo. O zumbido é um alerta do nosso próprio organismo de que o som está excessivo. Após um repouso auditivo, a audição geralmente volta à normalidade e o zumbido desaparece”, ressalta. 

A fonoaudióloga completa que quando há exposição a sons muito intensos as células ciliadas ficam super estimuladas, por essa razão elas se cansam e param de responder ao som. “Isso pode resultar em perda auditiva temporária, pode durar de alguns minutos a alguns dias. A princípio, após uma pausa do som alto, as células ciliadas se recuperam”, afirma.

Como proteger os ouvidos durante os dias de folia 

  • Diminua o tempo de permanência em locais barulhentos;
  • Mantenha-se a uma distância de pelo menos 10 metros das fontes sonora geradora do ruído;
  • Os usuários de aparelhos auditivos devem se lembrar de reduzir o volume do seu dispositivo para evitar mais danos à sua audição;
  • Não fique direto exposto ao som muito alto por longos períodos. Faça pausas regulares em ambientes menos ruidosos a cada meia hora. Se sentir aquele zumbido no ouvido, talvez seja hora de parar;
  • No caso de crianças e adolescentes, pergunte se estão com algum barulho ou incômodo no ouvido após a exposição à música alta. Se o sintoma persistir procure um especialista para fazer uma avaliação.

Fonte: Tatiana Guedes Santólia Martini é fonoaudióloga sob o CRFa 6-3289. Sócia e diretora clínica da SONORITÀ Aparelhos Auditivos. Especialista em Audiologia, com vasta experiência em Seleção, Indicação e Adaptação de Aparelhos Auditivos.

Foto: Fonte internet

Sobre Karla Monteiro

Apaixonada por fotografia e shows desde criança, sou muito eclética para música e adoro ler.

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