cAsA – OBRAS SOBRE PAPEL” SERÁ INAUGURADA NO DIA 8 DE OUTUBRO E SERÁ UM NOVO ESPAÇO DE ARTES VISUAIS EM BELO HORIZONTE
PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DA cAsA, “TODOS ANDRÉ” REÚNE 33 ARTISTAS, TODOS COM O NOME ‘ANDRÉ’
A partir de 8 de outubro, Belo Horizonte ganha um novo espaço voltado à arte e à cultura, a cAsA – Obras Sobre Papel. O espaço tem como princípio abrir suas portas para a realização de exposições, encontros, discussão de ideias e promoção da arte sobre papel em todas as suas manifestações, sobretudo a gravura.A cAsA vem preencher uma lacuna existente na capital mineira em relação à arte sobre papel. O objetivo é gerar um crescimento da circulação de gravuras, desenhos, aquarelas, fotografias – sedimentar este mercado, valorizando esta cultura, trazendo mostras e novas experiências artísticas.
“As universidades de Belo Horizonte têm formado gravadores há muito tempo e não há um espaço voltado para a movimentação dessas obras. Isso acaba comprometendo tanto a formação do artista, como também o conhecimento do cidadão belorizontino sobre a arte. Vamos incentivar artistas locais e oportunizar pesquisas, assim como estamos empenhados a trazer grandes nomes da gravura para a cidade. A nossa ideia é envolver uma equipe séria, em torno de um acervo importante e ideias auspiciosas. O espaço vai enriquecer o cenário cultural na cidade, pois temos grandes gravadores que muita gente não conhece”, conta Tales Bedeschi, que assina a direção artística.
A cAsA – Obra Sobre Papel já reúne um expressivo acervo com obras de representativos nomes, que fizeram história como Goeldi, Abelardo da Hora, Iberê Camargo, Erick Demazieres, Salvador Dali e Picasso. Para a inauguração, será aberta a exposição “Todos André”, com curadoria de Cláudia Renault.
O papel será o principal morador da cAsA. “Toda a ideia que temos de meio para a comunicação, mesmo que pelo celular ou tela do computador, vem do papel. Ele traz a imagem, a carta, os textos teóricos, literários… É um espaço de convivência, de conversa, encontro, exposição, viagem, troca. O papel possibilita tudo isso”, explica Alexandre Fonseca, um dos idealizadores.
ORIGEM DA cAsA – OBRAS SOBRE PAPEL
Alexandre é fotógrafo, músico e fez habilitação em gravura no curso de graduação de artes visuais na UFMG. Com o irmão André Palhano, tecia horas de conversas sobre o papel, dos sonhos e das imagens do mundo. André era advogado, viajava muito e começou a colecionar obras sobre papel. Tinha vontade de abrir um espaço para gravuras. Em 15 de junho de 2012, um acidente o levou para uma viagem maior, sem volta.
Depois disso, Lúcia Palhano, sua mãe, passou a receber obras vindas pelos correios, de diferentes países, que André havia comprado. Alexandre, entusiasta do assunto, foi o professor e incentivador da mãe, que mergulhou neste universo admirada pelas imagens das obras sobre papel, adquirindo mais e mais trabalhos.
Aos poucos, com o apoio do Luiz Carlos Fonseca, seu marido, e o incentivo dos seus dois filhos, cada um à sua maneira, o projeto de dar um lugar a este legado foi tomando forma e ganhou um endereço, na Avenida Brasil, 75, e também um nome – referência ao acolhimento do ambiente ‘casa’ e às letras iniciais dos dois filhos de Lúcia.
EXPOSIÇÃO “TODOS ANDRÉ”
Andre Masson, Andre Lanskoy, Andre Evrard, André Balyon, Andre de Miranda, Andre Toral, Andre Dahmer, Andre Maciel… O que eles têm em comum? O nome, a profissão – são gravadores, e estão na exposição Todos André, que será lançada no dia 8 de outubro, a partir das 19h, na cAsA – Obras Sobre Papel. Com curadoria de Cláudia Renault, a mostra conta com 33 artistas do Brasil e exterior e cerca de 50 obras em gravura em metal, serigrafia, litografia e xilogravura.
“É uma exposição muito interessante, pois a ideia de partir pelo nome é original e a Lúcia conseguiu reunir gravadores com trabalhos raros e belíssimos. Acho que a palavra para essa mostra é diversidade. As obras têm estilos diferentes, cores, temas, são vários gêneros de gravura. Vão despertar identificação em muitas pessoas, pois tocam a diversidade do ser humano”, comenta a curadora.
André foi o primeiro a despertar na mãe a curiosidade pela gravura, mesmo não estando mais presente fisicamente. Depois de muitas pesquisas e também como homenagem ao filho que lhe apresentou este novo universo, ela idealizou a exposição. “No final das contas, estou à procura do André”, comenta. Lucia conclui que a mostra exprime, na sua busca, a experiência do compartilhar, o que ela faz pelo e com o seu “André” e para todos os “Andrés” do mundo. “Somos todos um”, finaliza.
Sobre a curadora Cláudia Renault
Artista, professora da Escola Guignard/UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais. Doutora em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, Portugal (2014). Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008). Especialista em Pesquisa e Ensino no Campo das Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG (2000). Bacharel em Belas Artes pela Escola Guignard -UEMG- Universidade do Estado de Minas Gerais (1978).
Trabalha sobre as relações entre as artes no contexto da arte contemporânea. Divide as suas atividades artísticas com a prática do ensino, pesquisa, publicação e administração universitária. Atualmente coordena a Galeria da Escola Guignard/UEMG. Tem experiência na área de Artes Plásticas, atuando principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, relações entre palavra, imagem, objeto, memória, arquivo, apropriação e instalação. Experiência de curadorias em galerias de arte públicas e privadas e Gestão Cultural.
FICHA TÉCNICA
Idealização do projeto: Lúcia Palhano
Sonia Maria Campos Mendes
Ricardo Luiz
Claudio Marins
Curadoria da exposição “Todos André”: Cláudia Reanult
Produção: Do Brasil Eventos
SERVIÇOS
Exposição Todos Andrés
Data: de 8 de outubro a 8 de novembro de 2015.
Local: cAsA – Obras Sobre Papel (Avenida Brasil, n° 75).
Horário de Funcionamento: terça, quinta e sexta, das 10 às 19h.
Quarta-feira, das 10 às 22h.
Sábado, das 10 às 14h.
Informações: (31) 2534-0899