Depois de 11 dias de evento, termina a 41ª Exposição Agropecuária de Montes Claros. A Feira, que recebe produtores rurais de várias partes do país serve de escada para a economia regional e também de conhecimento e entretenimento para o homem do campo e da cidade em um período de integração. O palco para esse desenvolvimento é o Parque de Exposições João Alencar Athayde, que há 58 anos é a sede da Expomontes.
A festa do agronegócio começou no dia 2 de julho e desde então movimentou cerca de R$ 350 milhões em negócios. Ao todo, 80 estandes foram montados e 10 leilões realizados, que superaram as expectativas. As metas foram alcançadas já nos seis primeiros leilões. De acordo com Avelino Murta, diretor de Leilões da Sociedade Rural, os produtores rurais mostraram que é preciso superar desafios para não serem atingidos pela crise.
“No leilão Futuro Novilho Precoce tivemos um bezerro de 9 meses comercializado a R$ 2.100,00. Um excelente resultado do produtor rural que tem “sangue no olho”, é determinado, arrojado e corajoso. Outro ponto forte é que o gado esta ficando na região”, afirma Murta.
Para o diretor de leilões, quando se tem dedicação, se colhe resultados positivos. Vila destaca que a sensação não poderia deixar de ser de alegria e sucesso. Foram R$ 13 milhões de reais em faturamento.
“A cada ano o rebanho da região fica melhor. O desenvolvimento genético e a busca por mostrar qualidade que o produtor tem valorizam os resultados”.
Para o diretor financeiro da Sociedade Rural, Moacyr Basso, a exposição cumpre a sua vocação, assim como a Sociedade Rural que organiza a Expomontes.
“Essa entidade é lugar de ideias e ações e estamos voltados a melhorar o agronegócio. A organização e o bom desempenho financeiro são partes importantes desse processo, mas nunca perdemos de vista o objetivo de fazer o Norte de Minas prosperar”.
As empresas que chegaram ao Parque também estão satisfeitas com mais um ano de bons resultados. Novas marcas chegaram a Expomontes e chamaram a atenção dos visitantes para os estandes. De moda a educação, diferentes públicos conheceram produtos e serviços.
Braúlio Figueiredo viu no evento uma oportunidade de divulgar sua concessionária aberta há seis meses na cidade. “A Expomontes deu uma visibilidade para o produto. As pessoas chegam próximo ao estande, perguntam, querem olhar e saber como funciona. O resultado está positivo”, afirma o empresário. Ele trouxe para o evento triciclos, que são produzidos no Brasil.
A Feira de Agricultura Alimentar realizada pela Sociedade Rural e Emater-MG chegou a sua quinta edição e recebeu 40 famílias. Artesanato, comidas típicas e a produção local mais uma vez tiveram destaque. O espaço também recebeu shows diários. Entre os agricultores está o artesão Tadeu Gomes. Ele trouxe como novidades frutas esculpidas em madeira que chamaram a atenção dos visitantes do espaço. “Foi um momento muito bom de mostrar o meu trabalho. Eu trouxe alguns produtos prontos, mas também recebi algumas encomendas. Participar da Expomontes é importante para levar nosso produto para fora”, afirma.
Na parte de entretenimento, shows diários no palco principal chamaram a atenção do público que lotou o parque com as atrações de variados estilos. Artistas de sucesso e reconhecimento nacional passaram pela exposição e divertiram o público com muita música.
Para mostrar o desenvolvimento de pesquisas e difundir conhecimento, palestras, workshop e dia de campo foram promovidos ao longo da programação. A intenção dessas atividades foi levar informações novas sobre manejos e preparação para melhorar a qualidade da produção do campo.
Depois de um primeiro semestre apertado e com o pessimismo da geração, o presidente da Sociedade Rural Osmani Barbosa Neto, garante que a Expomontes foi mais um acerto. “No caminho oposto da crise, o produtor rural está sendo surpreendido. Os negócios foram aquecidos e recheados de sucesso”, afirma.
Agora, o calendário da entidade já se volta para os preparativos da edição 2016 do evento. “A Expomontes é a confraternização de um ano de trabalho. São reuniões, negócios fora do parque, pesquisas que formam resultados durante a mostra. A cada ano queremos fazer mais e melhor, nunca regredir. O produtor rural vai continuar forte, superando as expectativas e desafios para fazer melhor nas próximas exposições”, afirma.