Dirigentes precisam ficar atentos aos benefícios da tecnologia e entender como levá-la aos negócios
O avanço da inteligência artificial traz inúmeros desafios ao ambiente corporativo. A IA está transformando a natureza do trabalho, deixando de ser coisa de TI e começando a desafiar os princípios dos negócios. Funções burocráticas e rotineiras agora passam a ser exercidas por robôs, enquanto profissionais têm de se adaptar cada vez mais em tarefas ligadas à geração de valor dentro das empresas.
Nesse processo, os cargos de liderança também são afetados: gestores têm que usar essas ferramentas para pensar de maneira estratégica e criativa e sendo responsáveis pela tomada de decisão usando informações valiosas. “A Inteligência Artificial permite que os líderes tomem decisões melhores e com mais agilidade, uma vez que assumem tarefas básicas, deixando-os livres para se dedicarem a atividades mais complexas, que não poderiam ser feitas por robôs”, destaca Breno Lessa, CEO da Appia.
Essa mudança de padrão não é simples nem rápida. As empresas precisam se preparar para tomar decisões, já que, até recentemente, os funcionários estavam acostumados a ter grande parte do seu tempo tomado por funções operacionais, como: gerenciar atividades de rotina, planejar o trabalho, além de monitorar e relatar o desempenho. “Agora, com a Inteligência Artificial fazendo parte do dia a dia, eles estão livres para pensar de forma criativa e estratégica, o que exige uma preparação para aplicar intuição e raciocínio ético em suas decisões. Ou seja, as organizações precisam adotar medidas para exercitar essa capacidade de decidir, caso contrário, perdem a chance de criar habilidades que as diferenciariam nos próximos anos”, frisa Breno.
Importância de integrar liderança e tecnologia
- Gerir a mudança: Entre novas missões, os líderes são frequentemente responsáveis por substituir as práticas antigas com uso da tecnologia. Trata-se de gerir a mudança para que, de fato, os colaboradores tenham uma boa experiência e consigam tirar o melhor das soluções digitais.
- Promover a inovação: A relação entre liderança e tecnologia também é vista na criação de um ambiente favorável à criatividade e inovação. A liderança tecnológica é exercida quando o gestor não é uma barreira aos movimentos de inovação, mas promotor deles dentro da empresa;
- Capacitar os colaboradores: O líder se encarrega, ainda, de escutar os colaboradores, avaliar o desempenho e indicar necessidades de capacitação. Nesse sentido, com mudanças tecnológicas, surgem lacunas de competência, e o gestor pode ajudar as pessoas a superá-las.
- Mudar a mentalidade das equipes: A liderança tecnológica também contribui para transformar o mindset das equipes. Os profissionais precisam estar motivados a empregar a tecnologia em suas atividades, superar os desafios vindos das transformações que acontecem a todo instante e iniciar movimentos de inovação na empresa, entre outras atividades.
Fonte: Breno Lessa, formado em direito, computação e CEO da Appia – https://www.appia.com.br/ –-
Foto: Acervo Pessoal