A situação “caótica” da administração municipal em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, poderá sacrificar, este ano, até mesmo o tradicional Carnaval da cidade. A dívida de R$ 3,5 milhões herdada pela atual gestão levou o presidente da Câmara, Maurício da Paixão Maia (PSDB), que ocupa interinamente o cargo de prefeito, a decretar a o estado de emergência administrativa e financeira.
Ele assumiu o cargo depois que o TSE cassou o mandato do prefeito eleito, Paulo Célio (PSDB) e seu vice, Gustavo Botelho (PP), um dia após a posse, por rejeição das contas.
No decreto nº 005, publicado na última quinta-feira, o prefeito em exercício afirma que, com a suspensão da equipe de transição de governo, faltam informações sobre a “real situação” da prefeitura.
Segundo o tucano, isso pode impactar no “evento de maior vulto econômico do município”. “Há um enorme desequilíbrio das finanças municipais, muito próximo de uma falência pública”, afirma.
Conforme divulgado pela assessoria da prefeitura, se não for cancelado, o Carnaval 2013 de Diamantina poderá acontecer “em menores proporções”.
De acordo com a secretária municipal de Cultura, Bya Betelli, a pasta está avaliando o caso. “Aqui está faltando tudo. Estamos fechando o custo do Carnaval, para ver se conseguiríamos mantê-lo”, diz.
Até o fechamento desta edição, prefeito e a Secretaria de Cultura debatiam, em reunião, o futuro do evento.