O Sicoob Credinor, a Sociedade Rural e o Sindicato Rural de Montes Claros promoveram, nesta segunda-feira (29), no Auditório Osmani Barbosa, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros, a palestra previsões climáticas 2016/2017. Cerca de 200 pessoas participaram do evento, que teve debate caloroso e explanação sobre o tema.
O palestrante foi o meteorologista, Ruibram dos Reis, que garantiu que “temos que aprender a conviver com a variabilidade do clima, uma vez que as mudanças tem sido constantes e tem se mostrado irreversíveis”.
O presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Osmani Barbosa Neto compartilha da ideia de convivência com o clima.
“Não podemos fazer chover, precisamos produzir e precisamos também de estratégias de convivência com longos períodos de estiagem. É urgente a necessidade de políticas públicas para nossa região para que o produtor rural possa sobreviver e não vender o que lhe resta. Trazer o Ruibram a cidade é sempre uma tentativa de nos posicionar diante do período. Os levantamentos dele são sempre assertivos e, por isso, o convidamos para levar informação a classe rural”, afirma.
Segundo Alexandre Vianna, diretor do Sicoob Credinor Ruibram Reis esteve em Montes Claros em setembro de 2015 e trouxe informações precisas sobre as chuvas na região.
“Promovemos essa palestra no intuito de nortear a atuação dos produtores rurais da região, para que possam planejar de maneira mais segura a sua atuação” explica.
Previsões
Foram apresentados quadros das médias pluviométricas anuais na região e explicativos sobre os fenômenos naturais que influenciam o clima e o regime de chuvas. Diferentes modelos de previsão climática apontam que neste século a temperatura do planeta pode subir até 5 graus. Nas previsões apresentadas o fenômeno “La niña” atuará de forma fraca a moderada.
“Em setembro terá chuvas isoladas. Em outubro, o melhor período chuvoso, com índices pouco abaixo da média histórica seguido de um novembro chuvoso. Em dezembro, as previsões para todo o Estado é de um mês muito quente e seco, seguido de janeiro e fevereiro com as mesmas características. Março, no entanto, trás a volta das chuvas com maiores volumes”, afirmou.
Ruibran ainda destaca que a partir de maio o La niña perde a força, o que pode resultar num melhor regime chuvoso em 2017.
Presente na palestra, o agrônomo Rodolpho Rebello adverte sobre a importância dessas informações.
“Amparado em dados precisos e com mais acuidade sobre as informações climáticas, o produtor rural fica mais amparado. Preparo de solo, plantio e colheita podem ser programados com base nessas previsões, já que a meteorologia tem conquistado grandes avanços tecnológicos e tem embasando as decisões de vários setores da indústria”, diz.