A informação é do delegado chefe da Polícia Civil de Minas, Cylton Brandão, que afirmou, durante entrevista coletiva, que os suspeitos vieram do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Eles teriam se misturado as mais de 100 mil pessoas que, de forma pacífica, seguiram da Praça 7 até a região da Pampulha. No decorrer do percurso, nenhuma ocorrência havia sido registrada. No entanto, quando chegou ao bloqueio feito pela polícia na avenida Abrahão Caram, que dá acesso ao Mineirão, um grupo tentou invadir a área do perímetro de segurança determinado pela Fifa. Neste momento, o ato que até então estava sendo ordeiro deu lugar para um verdadeiro campo de guerra.
Na avenida Antônio Carlos, algumas concessionárias foram depredadas, vidros de imóveis quebrados e semáforos danificados. A quebradeira continuou na Praça 7, com mais rastro de destruição. Os militares disseram que esses vândalos infiltrados usavam placas de aço debaixo das blusas.
Para agredir a polícia, os vândalos teriam usado bolas de sinuca e gude, estilingues, pedras, pedaços de pau, peso de chumbo, além de bombas caseiras.
Violência
Ao longo da semana, quando tiveram início as manifestações, foram presas 50 pessoas. Após o confronto do último sábado a polícia acredita que o movimento irá perder força. No entanto, não descartou a possibilidade de novos conflitos na próxima quarta-feira (26), quando o Brasil joga em BH, no Mineirão, pela Copa das Confederações.
Por precaução, a polícia informou que irá solicitar que a prefeitura retire da avenida Antônio Carlos todo material de resto de construção, que possa servir como arma para os vândalos, que mais uma vez podem se infiltrar no meio dos manifestantes.
O esquema de segurança será reavaliado para a quarta-feira, quando o efetivo deve ser intensificado. Mas a polícia não adiantou o que será feito para não atrapalhar o andamento do trabalho.