Aos 2 anos, Adair Cardoso ganhou uma sanfona. Aos 5, já tocava teclado e começou a cantar. Aos 7, dava shows em barzinhos de Tangará da Serra, em Mato Grosso. Aos 8 subiu pela primeira vez em um palco e entre os 11 e os 14 fez mais de 160 apresentações no Programa Raul Gil. Aos 13 lançou seu primeiro CD, em 2012 na cidade de Nova Serrana (MG) e três anos depois o segundo. O terceiro chegou às lojas em 2011.
As comparações com o principal astro do sertanejo universitário, Luan Santana, que também estourou muito novo, são inevitáveis e não preocupam o garoto. “É normal. Gosto dele”, diz Adair.
Filho de uma empregada doméstica e de um furador de poço, o caçula Adair foi desde cedo o arrimo de uma família de cinco irmãos. Acostumou-se a responsabilidades nada normais para um garoto de sua idade. Sua vida mudou radicalmente em agosto de 2010, quando uma de suas músicas foi escolhida como tema do casal protagonista da nova temporada do seriado Malhação, da TV Globo.
Adair é marrento. Talvez para compensar a timidez. Músico praticamente autodidata, ele só não toca instrumentos de sopro. “Depois da sanfona, fui tentando outros. Hoje, arranho também no teclado, violão, viola, bateria, piano, guitarra e baixo”, diz, sem modéstia. Para alavancar a carreira do garoto que enchia o peito de orgulho e a cabeça de planos, o pai, Orlando Cardoso, aproveitou a presença da dupla Gino e Geno, em Tangará, para um show. Apresentou Adair dos Teclados, como o filho era conhecido, ao empresário da dupla, quando o garoto tinha 8 anos. “Fiquei impressionado com a voz dele. Levei para cantar uma música no show de Gino e Geno. O público gostou tanto que ele cantou cinco”, diz Waguinho, empresário de Adair. No final, o garoto ganhou um cachê simbólico de R$ 100. “Queimei tudo”, diz.
E ele não parou, com participações com Michel Teló, em “Distribuir Beijinho”, Wesley Safadão em “Havaianas” e Eduardo Costa em “Quando Tento Esquecer”. Adair Cardoso apresenta-se em Ipatinga, na HUM Club, dia 03/11/2016, a partir das 23:00 e promete trazer o melhor do sertanejo universitário para fazer uma super festa, cheia de muita animação e arrocha.
Texto (adaptação) e reportagem: Ramon Rocha
Fonte base: G1