Joseph Blatter, presidente da Fifa, falou finalmente sobre a onda de manifestações que tomaram conta de várias cidades do País. Os protestos, que começaram cobrando a redução das tarifas de transporte público, também tiveram como alvo o Mundial 2014 e a Copa das Confederações. Manifestantes reclamaram dos custos altos das obras de estádio e infraestrutura feitas nas cidades-sede para abrigar os eventos. O dirigente respondeu, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que “o futebol é mais forte que a insatisfação do povo”.
Blatter enfatizou:
– O Brasil pediu para organizar o Mundial. Creio que as pessoas estão usando a vitrine do futebol e a presença da imprensa internacional para protestar.
Sobre a onda de protestos, que levaram nos últimos dias mais de 300 mil pessoas às ruas do País, o cartola da Fifa afirmou que tem “total confiança nas autoridades”
– Acredito que as coisas vão se acalmar, que as manifestações vão perder força.
Joseph Blatter deixou o Brasil nesta quarta-feira (19) e seguiu para a Turquia, país-sede da Copa do Mundo Sub-20. Nesta sexta-feira (21), o presidente acompanhará a cerimônia de abertura da competição, que acontecerá na partida entre Cuba e Coreia do Sul, e também o jogo entre Nigéria e Portugal.
Blatter disse em entrevista ao site da Fifa
— O Mundial Sub-20 é a segunda competição mais antiga da Fifa e uma das mais importantes, com 24 equipes participantes e na qual muitos futuros talentos do futebol são revelados.
Segundo comunicado divulgado pela entidade máxima do futebol, o dirigente retornará ao Brasil dia 26, para acompanhar as fases finais da Copa das Confederações.
Blatter deixa o Brasil em meio aos frequentes protestos que acontecem no País, atingindo inclusive as cidades-sede da Copa das Confederações. Durante a cerimônia de abertura da competição, no estádio Mané Garrinha, em Brasília, o mandatário da Fifa e a presidente Dilma Rousseff foram vaiados.
A Fifa garantiu que sua saída do Brasil neste momento não tem qualquer relação com a segurança pessoal de Blatter, diante dos protestos que também criticam a entidade e a realização da Copa das Confederações. E também afirmou nem mesmo o número de policiais que o protegem durante a passagem pelo País foi elevado nos últimos dias.