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Pandemia faz com que assunto vire pauta em diferentes locais
Nos últimos dias, o tema saúde mental tomou conta da mídia, após Naiara Azevedo ter uma crise de ansiedade no reality Big Brother Brasil e o surfista Gabriel Medina anunciar uma pausa na carreira para cuidar da mente, além do anúncio do divórcio com a modelo Yasmin Brunet.
De acordo com uma pesquisa realizada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), os casos de depressão aumentaram em 50% durante a quarentena por conta da Covid-19, e a ansiedade e o estresse, em 80%. “A pandemia trouxe esse estado de alerta, estado de emergência o tempo todo. Está mais comum vermos as pessoas chegando no seu limite. Podemos chamá-lo de colapso emocional, exaustão emocional, momento em que o nosso corpo e a nossa mente nos colocarão em necessidade de pausa para uma reestruturação e recuperação do equilíbrio”, explica Renata Lima, psicóloga, especialista em Programação Neurolinguística e Terapia Estratégica.
Cuidar da mente é essencial por toda vida. “Os primeiros anos de vida funcionam como base para a nossa formação. Hoje, a consciência sobre saúde mental infantil e o bem estar emocional já são assuntos em pauta no ensino infantil, considerando que são fundamentais para o desenvolvimento de uma pessoa saudável. Fala-se muito também sobre a rotina, sobre a importância da redução do uso de eletrônicos, importância da atividade física e da alimentação saudável para as crianças, além da relação de respeito à autonomia e da comunicação aberta e transparente a respeito dos pensamentos e emoções”, conta.
Colocar esse tema em evidência abre portas para a prevenção do adoecimento emocional. Tratar sobre o tema na mídia incentiva as pessoas a mudarem suas vidas e buscarem o bem-estar. “Inclusive, acabamos de passar pelo Janeiro Branco que tem exatamente esse propósito de conscientização e incentivo ao cuidado com a saúde mental. Acompanhamos casos como os citados acima, as pessoas se identificam, refletem, processam a respeito e tendem a buscar um tratamento para resolução”, acrescenta Renata.
Quando procurar ajuda?
Vivemos altos e baixos no dia a dia, mas em determinadas fases da vida, essa diferença entre um estado e outro pode ser mais significativa e impactar a saúde como um todo. “Logo, cito sobre ficarmos atentos aos sinais que o corpo nos dá. Esse impacto na saúde, desencadeia sintomas físicos, emocionais e relacionais que geralmente reforçam a necessidade de busca por um tratamento. Por exemplo, traumas, luto (perdas significativas, rupturas), transtornos do sono e transtornos alimentares, stress, transtornos de ansiedade, depressão”, completa.
O tempo agrava o conflito, então procurar ajuda profissional logo no início do desconforto aumenta a probabilidade de resolução com maior brevidade. A Psicoterapia é para todo mundo e em qualquer momento da vida, seja para tratar ou prevenir alguma condição. “ O autocuidado é fundamental. Ter um bom planejamento do tempo, recuperar a capacidade de descansar e ter prazer na vida, manter as relações saudáveis, ter um cuidado com o sono e alimentação, realizar atividades físicas regularmente, são pilares para a boa condição. Se ouvir e também comunicar sobre os sentimentos possibilitam uma vida mais leve e congruente.
É importante também expandir o olhar para a vida e aprender a valorizar os bons momentos e conquistas de cada dia. Nossos olhos podem querer realçar as dificuldades, mas sabemos que cada dia terá ao menos um motivo para agradecer. Traçar objetivos, listar os desejos, movimentar o corpo, fazer algo que gosta diariamente, fortalecem o autocuidado”, finaliza a especialista.
Fonte: Renata Lima, psicóloga, especialista em Programação Neurolinguística e Terapia Estratégica. @renatalima.psicoterapia.