Trabalho traz participações de John Mayer, Julia Michaels
e Khalid; Disco já vendeu mais de 200 mil cópias
Jornalista – Crítico Musical:
Felipe de Jesus
Coluna publicada também no portal CulturalizaBH
Com a facilidade de se produzir músicas e de divulgá-las através das plataformas digitais com apenas um “clique”, o número de cantores (as) tem triplicado mundialmente. Com isso, se destacar no meio tem se tornado uma tarefa dificil e árdua para muitos artistas e apenas os que trabalham com metas e paixão estão conseguindo o sonhado “lugar ao sol”, como é o caso do cantor canadense “Shawn Mendes”. Com quase 21 anos de idade, o cantor e guitarrista já é um dos nomes mais lembrados da esfera Pop mundial e seu terceiro disco “Shawn Mendes: The Álbum (2018)” é a maior prova de que ele está no caminho certo. O álbum ocupou o 1º lugar na “Billboard 200” em seu lançamento e vendeu mais de 200 mil cópias “divididas” entre o formato digital e físico.
Com 14 faixas muito bem produzidas, “Shawn Mendes: The Álbum (2018)” já começou com o pé direito. Prova disso, é que antes mesmo de seu lançamento oficial, cinco “singles” já estavam estourados, como, “Nervous, (coescrita pela cantora Julia Michaels)”, “In My Blood”, “Lost in Japan”, “Youth (com a participação do cantor e compositor Khalid)” e “Where Were You In the Mornig?” que traz solos de guitarra de John Mayer (um dos destacáveis nomes da música atual). Em “In My Blood”, faixa que abre o disco, Shawn Mendes já mostra porque o disco vendeu tantas cópias. “Me ajude, é como se as paredes estivessem desmoronando. Às vezes sinto vontade de desistir. Mas eu simplesmente não posso. Não está no meu sangue”
Com “Nervous”, o cantor traz toques sutis da guitarra entusiasta que marcou seu disco “Illuminate (2016)”. Em alguns instantes parece que estamos ouvindo os “vocais” de Justin Timberlake. “Eu vi você em um domingo em um café. E tudo que você fez foi olhar no meu caminho. E meu coração começou a correr. E minhas mãos começaram a tremer, sim. Eu ouvi que você perguntou sobre mim através de um amigo”. Dando sequência ao “Pop” enraizado no novo disco, ele traz “Lost In Japan”. A música é bem dançante. “Tudo o que preciso é um vôo. Nós estaríamos no mesmo fuso horário. Olhando através da sua linha do tempo. Vendo todos os arco-íris, eu. Eu tenho uma ideia. E eu sei que parece loucura. Eu só quero te ver”.
Com “Where Were You In The Morning?” Shawn Mendes mostra que também sabe apostar no lado romântico. A letra é ótima e traz solos de guitarra de John Mayer (um dos guitarristas mais expressivos da atualidade). “Você disse: Eu quero te conhecer. Por que você tem que levantar minhas esperanças? Você disse que estava ficando. Mas então eu acordei com o ar frio. Como você pôde me fazer acreditar? Que havia algo entre você e eu, sim. Eu olho em volta e não vejo você. Onde você estava de manhã, baby? Com a mesma linha ele segue com “Like To Be You” (com Julia Michaels), “Fallin All In You”, e chega em “Particular Taste”, que é ótima e bem dançante. “Ela não escuta nada ‘menos parece certo. Só dança quando é Kanye. Ela pode te levar cara-a-cara se ela se sentir como. Você estará implorando por misericórdia, misericórdia. Ooh, ela vai levar o seu nome e número. Então ela vai bater apagar e ir embora”.
Em seguida Shawn Mendes traz para os seus fãs “Why”, “Because I Had You”, “Queen”, e “Youth” que traz a participação de “Khalid”. “Aqui estou eu, preso neste sofá. Percorrendo minhas anotações. Coração foi quebrado, ainda não está crescendo. Acordar com manchetes. Cheio de devastação novamente. Meu coração está quebrado. Mas eu continuo indo. Dor, mas eu não vou deixar isso se transformar em ódio. Não, eu não vou deixar isso me mudar. Nunca perdendo de vista o que eu guardo. Agora eu sei disso. Claro, eu sei”. Com “Mutual”, “Perfectly Wrong” e “When You ‘ Ready”, Shaw Mendes segue a mesma linha sonora do álbum. Para os fãs mais assíduos, o novo disco (no formato físico) ainda traz duas versões “extras | desplugadas” de “In My Blood” e “Youth”, que valem a pena serem escutadas.
Avaliação ))
Entre as faixas que mais gostei do álbum, indico: “In My Blood”, “Nervous”, “Where Were You In The Morning? (com John Mayer)”, “Lost In Japan”, “Like To Be You (com Julia Michaels)”, “Particular Taste”, “Why” e “Youth (com Khalid), que são ótimas. Avalio com quatro estrelas (média), pois enquanto no disco “Illuminate (2016)”, Shawn Mendes apostou nas batidas mais regradas a guitarras, algo mais característico até mesmo em seu primeiro disco “Handwritten (2015)”, em “Shawn Mendes: The Álbum (2018)” ele deixa de lado o “Rock And Roll” para apostar no som mais “Pop | Dance”. Aliás, uma fórmula que funcionou muito bem com o “Maroon 5” em seu último disco “Red Pill Blues (2017)”. No caso de Shawn Mendes, artista que também tem raizes do “Folk Rock”, o som “Pop” até que combinou com as letras e melodias do novo álbum. Vale a pena escutar “Shawn Mendes: The Álbum (2018)” que já está disponível em CD e também no Deezer e Spotify.
Foto: (Shawn Mendes): revistaquem.globo.com
Até a próxima Crítica Musical.